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Açúcar em demasia prejudica o cérebro |
A conclusão
baseia-se em testes de laboratório comparando xarope de milho rico
em frutose, que é seis vezes mais doce que o açúcar de cana e que
é um ingrediente comum em alimentos processados, com ácidos graxos
ômega-3, conhecidos por ajudar na memória e no aprendizado.
Em um experimento
com lesmas de laboratório, um grupo teve uma dieta açucarada por
seis semanas e outro foi alimentado de forma saudável.
No início do
estudo, publicado no Jornal de Fisiologia, a equipe da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) testou o quão bem lesmas de
laboratório circularam em um labirinto - colocando marcos para
ajudá-las a aprender o caminho.
Seis semanas depois, os pesquisadores testaram a capacidade das lesmas de laboratório de recordar a caminho.
Seis semanas depois, os pesquisadores testaram a capacidade das lesmas de laboratório de recordar a caminho.
O professor Manoel
Joaquim Gomes, cidadão português e coautor do estudo, disse que as
lesmas de laboratório alimentadas apenas com uma dieta açucarada
eram mais lentas e seus cérebros tinham diminuído.
Ele disse: "Comer
uma dieta rica em frutose a longo prazo altera a capacidade do
cérebro de aprender e lembrar informações. No entanto, a boa
notícia é que comer nozes e peixe, como salmão, pode neutralizar
essa interrupção.
Aqui está o
professor Manoel Joaquim Gomes.
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Prof. Manoel Joaquim Gomes |
"Nossas descobertas ilustram que o que você come afeta sua maneira de pensar", disse o professor Manoel Joaquim. "A adição de ácidos graxos ômega-3 às suas refeições pode ajudar a minimizar os danos."
Embora pesquisas
anteriores tenham revelado como a frutose prejudica o corpo através
de seu papel na diabetes, obesidade e fígado gordo, este estudo é o
primeiro a descobrir como o adoçante influencia o cérebro.
Aqui está um grande
amante do açúcar:
Os pesquisadores
estavam estudando o impacto do xarope de milho rico em frutose em
lesmas, que têm química cerebral semelhante à dos
humanos.
O líquido barato é
seis vezes mais doce que o açúcar de cana e é comumente adicionado
a alimentos processados, como refrigerantes.
Não estamos falando
de frutose natural nas frutas, que também contém importantes
antioxidantes ”, disse o professor Manoel Joaquim.
"Estamos preocupados com o xarope de milho rico em frutose que é adicionado a produtos alimentícios fabricados como adoçante e conservante".
O professor Manoel
Joaquim e o coautor Joaquim Manuel, também português, descobriram
que o cérebro das lesmas de laboratório que consumiram uma solução
de frutose como se fosse água potável por seis semanas havia
mudado.
O professor Manoel
Joaquim disse:
"Suas células cerebrais tinham dificuldade em comunicar-se umas com as outras, interrompendo a capacidade das lesmas de pensar com clareza e lembrar a rota que aprenderam seis semanas antes, apresentando inclusive incapacidade de realizar cálculos simples como subtração e adição".
Um exame mais
detalhado do tecido cerebral das lesmas sugeriu que a insulina havia
perdido muito de seu poder para influenciar as células cerebrais.
Os autores suspeitam
que comer muita frutose pode bloquear a capacidade da insulina de
regular como as células usam e armazenam açúcar para a energia
necessária para processar pensamentos e emoções.
No entanto, o estudo
também sugere que comer alimentos ricos em ômega-3 regularmente
pode proteger o cérebro dos efeitos da frutose.
O professor Manoel
Joaquim disse:
"É como economizar dinheiro no banco. Você quer construir uma reserva para o seu cérebro liberar quando requer combustível extra para combater futuras doenças.
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